Há uns anos quando iniciei a minha carreira, longe estaria a ideia que o sucesso da carreira dos outros era a chave para o desenvolvimento da minha. Sim, verdade. Eu explico.
Quando comecei a trabalhar em consultoria, mais especificamente na área do recrutamento, sabia que o que tinha que fazer era ajudar clientes a fechar processos de recrutamento. Simples assim.
Mais tarde, percebi que isso era a ponta de um enorme icebergue, bonito mas em constantes e modificáveis estados.
Percebi que existem dois pontos importantes nesta concretização: o cliente e o candidato. O cliente ajuda-nos a crescer e a perceber como as organizações se comportam e como cada cultura empresarial é distinta. O candidato mostra-nos que só vamos ter sucesso no fecho do processo, se o cliente que lhe temos para apresentar for ao encontro das suas expectativas e motivações. O famoso Match!
Mas como gerimos expectativas de ambos os lados? Como mostramos ao cliente que temos o talento certo para ele e ao candidato que temos o projeto de carreira mais desafiante e estimulante de sempre, com valores que se identificam? Tudo se resume ao que o cliente quer oferecer e ao que o candidato quer dar, e não só.
Percebi então que, a chave para os processos de recrutamento terem sucesso era – empatia. Sim, isso mesmo.
Quem diria que há uns anos este indicador poderia ser a chave para a minha carreira se tornar um caminho bonito e inspirador. Conheci muitos clientes, com culturas e equipas diferenciadas. Conheci candidatos que mais do que uma carreira, procuravam um propósito, um novo “lar” , uma nova “família”.
Percebi então que, para se recrutar com sucesso precisava de escutar. Escutar com empatia, analisar com empatia, dar Feedback com empatia, tudo o que o processo em si implica, mas com empatia.
Neste processo descobre-se que quando ouvimos o outro lado e criamos essa balança de confiança, encontramos o talento certo para o cliente certo.
E antes que assumas que o que digo pode ser uma visão utópica da coisa deixa-me dizer-te que, e comprovando o método, passado uns tempos (e raras as exceções) falo com os candidatos e eles continuam a fazer parte da família que lhe apresentámos e eles escolheram.
E tu, recrutas para a tua equipa com empatia?