Sobre baixar os braços em tempos desafiantes não tenho nada a dizer. Nada. Somos um povo que vive num pequeno país à beira mar plantado. Mas de pequenos não temos nada. São muitos os momentos da nossa história que provam isso mesmo. Na era dos descobrimentos fizemos o que até então ninguém tinha feito. Lutámos em batalhas, participamos em decisões políticas importantes e fomos sempre munidos de algo muito importante. Algo que nunca nos abandona e faz de nós o país que somos hoje: esperança e coragem. Porque em tempos onde pouco mais havia, a coragem foi o que nos salvou. A garra para enfrentarmos grandes desafios. A esperança de que iríamos conseguir.

O desafio que hoje enfrentamos não pode ser diferente. A guerra na qual vamos embarcar é uma guerra que deve ser ganha em casa. À excepção de todos os grandes profissionais que se mantêm a trabalhar pelo bem comum, a nós só nos foi pedido que a nossa memória colectiva não morra. Lembrem-se de tudo o que já passámos e vamos embora! Vamos em frente! Que cada um faça a sua parte.

Cresçam enquanto ser humano, façam reflexões sobre a verdadeira importância das pequenas coisas da vida. Mas não esmoreçam. Não se acomodem. Ponham-se à prova! Façam coisas que até então não julgaram possível. Estamos em casa, sim. Mas não estamos parados. Vamos ajudar como conseguirmos, como pudermos. Mas não parem! Excedam-se, e quando tudo acalmar saiam pessoas melhores. Por vocês, por nós, por todos!

Carina Filipe

COO

Chief Optimist Officer